Não gosto de arrumar gavetas. Criticas não faltaram por não usar um tempo inútil de tentar tornar o passado em presente. Sacrifício que não ouso me impor é ó de saquear lembranças. A violação de momentos que estão guardados em um propósito não tão verdadeiro, cheio de cheiros, cores, formas é bestial.
Tudo tem significados, são ventos bons, tempestades vividas, cheias de magoas, cheias de felicidades, elas permanecem em silencio sem alardear um passado, nem comemorar o presente. Mesmo quando já não cabe mais nada, ela permanece impassível, dias e dias sem reclamar dos misturados que a imponho somente esperando o que vai chegar.
Mas tenho que tomar coragem e deixar a besta me superar. Um dia vou arrumar as gavetas, jogar um monte de coisas fora, uns pedaços de mim. Afinal, não posso arriscar a viajar, a partir, a sair de cena e deixar a disposição da curiosidade de quem vai me invadir. Vasculhar um mundo que conservo velado que não deixo aparecer, o misto do que mostro e do que estão em minhas gavetas.
Mas um dia arrumo essas benditas gavetas, em vez de criar todo dia novos espaços para me guardar em pedaços.
Tania
Tudo tem significados, são ventos bons, tempestades vividas, cheias de magoas, cheias de felicidades, elas permanecem em silencio sem alardear um passado, nem comemorar o presente. Mesmo quando já não cabe mais nada, ela permanece impassível, dias e dias sem reclamar dos misturados que a imponho somente esperando o que vai chegar.
Mas tenho que tomar coragem e deixar a besta me superar. Um dia vou arrumar as gavetas, jogar um monte de coisas fora, uns pedaços de mim. Afinal, não posso arriscar a viajar, a partir, a sair de cena e deixar a disposição da curiosidade de quem vai me invadir. Vasculhar um mundo que conservo velado que não deixo aparecer, o misto do que mostro e do que estão em minhas gavetas.
Mas um dia arrumo essas benditas gavetas, em vez de criar todo dia novos espaços para me guardar em pedaços.
Tania
Nenhum comentário:
Postar um comentário