Meu cantinho

Criei um cantinho para postar os meus primeiros vôos, na inebriante tarefa que é escrever. Aqui tem os meus pensamentos, as minhas revoltas, e tudo o que vai pelo peito de uma mulher que é uma eterna apaixonada.
Coisas de mulher com alma sonhadora.
Mas sem pretensão de ser escritora.
Beijos e beijos

Tania

segunda-feira, 11 de maio de 2009

-Fazer o hoje mais belo.


Quando penso que estou ficando velha e já vi de tudo, me surpreendo com a cabeça e a fala das pessoas. Bem, sei que não deveria ficar surpresa, pois cada pessoa é uma caixinha de surpresa que se abre quando menos se espera, e aí, bota surpresa nisso.
Esses dias, me deparei com os depoimentos de uma pessoa instruída, depoimento comprometedor, acusativo, que insistia em mostrar uma pseuda cultura, falando termos e palavras pesquisadas cuidadosamente em uma tentativa de se impor junto às pessoas como erudita. Te cuida Dalton Trevisan... Fica atenta Suzana Vargas...
Coitada dessa pessoa, com certeza ela jamais fará parte da nossa “Sociedade dos Poetas Vivos”. A Sociedade é para quem tem peito e alma de poeta, quem consegue vibrar, chorar e amar. Quem insiste em enganar, mentir, julgar o que não conhece, ser uma farsa ambulante, certamente não merece fazer parte da Sociedade dos Poetas Vivos.
Sinto-me muito a vontade em escrever e criticar. Sou politicamente correta com meus pensamentos e posicionamentos de vida, não tenho passado a lamentar, minhas opiniões político partidárias são bem definidas e de conhecimento público e apesar disso sou respeitada e tenho um bom trânsito entre gregos e troianos.
Do passado trago uma citação antiga que diz: “Uma coisa é aprender com o passado; outra é ficar lá presa. O passado existe quando se está infeliz”.
Afinal, não entendo porque as pessoas insistem em ficar revirando o passado dos outros quando não é para tentar construir um presente melhor. Devemos tirar dele somente boas lembranças, recordações agradáveis, algo que acrescente e não que revire dores.
Uma grande lição nós temos com os idosos. Queixam-se que a memória está falha, mas de momentos felizes eles não esquecem, é o grande trunfo que têm à mão para viverem felizes os anos que lhes restam. E isso deve ser seguido por todos nós.
Realmente, torna-se incompreensível viver de mágoas, de rancor, de lembranças desagradáveis, não é saudável.
Faz bastante tempo que aprendi com o ex-Governador Lourival Baptista “não tenho raiva, eu faço raiva.” Nem tenho porque ter inveja. O bom Deus tem sido muito bom comigo Sou uma privilegiada, o que não me dá o direito de pisar, enganar, roubar e com certeza eu não faço.
No máximo me atrevo a ter Vaidade... quem não tem? A ter Preguiça... quem nunca sentiu em um belo dia de sol, junto ao marzão que Pirambu nos brinda? A ser Soberba... Quando falo na beleza dos meus filhos e na inteligência do meu marido... Isso é só. Para quem pode, é claro... A ter Gula... Hummmm, quem resiste a um almoço no restaurante de Rui?
Mas, por tão pouco, acho que minha pena será leve... kakakaka.
Por fim, eu brindo meus amigos com um poema de Suzana Vargas, que devia inspirar muita gente.
Este ano
vou aprender a sofrer
E também a amar a vida
através disso.
Vou escolher num recanto de praia
uma casa
-se possível com varandas-
Um sol que vou pregar bem na vidraça,
E vai me iluminar.
Depois instalo um barco no horizonte,
um pescador na pedra,
um fumo,
pra pensar.
Contrastando com o cinza da cidade,
protejo o quadro com moldura branca,
e espero até ter grana
pra comprar.

Vamos lá. Vamos viver o hoje, vamos criticar o que é agora e pode ser mudado para tentarmos fazer o hoje mais belo.


Tania

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