sábado, 23 de janeiro de 2010
Maria Angelica
Fuga pelas coxias. Sem despedidas, nem pedidos de licenças, dispensando aplausos, fugindo do desassossego.
Saiu de cena sem sonhos de voltar, a grande encenação ficou perdida entre rostos surpresos, as lembranças de rotas felizes não impedem um caminhar revolto, doido, cansado onde o esquecer prioriza as horas pardas cheia de cochilos e silêncios.
Calma, que ainda falta um ato para ser encenado, ainda resta comida no prato, o dia não se fez noite, os fantasmas estão em brincadeiras de vai e volta, não deve existir o medo, a luz verde ainda pisca ao longe.
Vamos voltar a cantar velhas canções, dançar na madrugada, correr na chuva molhando a alma doida, brincar com sal e pimenta nas tardes gulosas cheirando frituras doces.
Loucamente sento no degrau escuro esperando em silencio uma volta que não existe. E choro o abandono de uma peça que não pode ser minha.
Vou seguindo pensando em ouvir o riso estridente, entre esperanças de olhos que já não existem, mas que eu espero.
Quem sabe a mão pequena pouse em minha cabeça se fazendo presença em uma hora. Verteremos lagrimas só minhas só suas, que iremos secar em um momento qualquer em que o cheiro do chocolate exista outra vez.
Tania
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