Meu cantinho

Criei um cantinho para postar os meus primeiros vôos, na inebriante tarefa que é escrever. Aqui tem os meus pensamentos, as minhas revoltas, e tudo o que vai pelo peito de uma mulher que é uma eterna apaixonada.
Coisas de mulher com alma sonhadora.
Mas sem pretensão de ser escritora.
Beijos e beijos

Tania

quarta-feira, 1 de abril de 2009

- Divagações


Um dia eu pensei que a minha vida seria só minha. Que esse mundão o meu Deus tinha me presenteado com o objetivo de um dia eu achar ele pequeno de tanto que andaria, e viveria.
Santa e boba ilusão de adolescente, de jovem que se perdem no meio dos contos de fadas, nos belos romances obrigatórios na escola, ou simplesmente que sonham um dia com os ensinamentos de Karl Marx, e o encantamento sexual de Che Guevara.
O corpo obrigatoriamente se transforma, e de repente você se encontra com uma mulher adormecida dentro de você. Os apelos do corpo se tornam maiores que o da cabeça sonhadora. A mulher surge para tomar o lugar da jovem, achando que a sua parte sexual é muito mais importante do que tudo que se sonhou, se viveu, se aprendeu, porque lhes dá o prazer animalesco, a faz fêmea, pronta para a fatal reprodução tão decantada, tão dita e chamada de linda, mas que não perdoa. Transforma o corpo mais e mais, o efeito gravidade se faz presente, bem acompanhado da terrível depressão pós-parto, não entendido, não compreendido por todos, e por vezes não diagnosticadas pelos médicos.
E lá estou eu passando por toda a metamorfose imposta, e de repente descobrindo os primeiros fios brancos nos meus cabelos que insisto em pintar, e procurando onde foi que me perdi. Onde ficaram meus sonhos que um dia embalaram o meu sono? E o mundão que eu havia ganhado como ele se tornava grande demais agora.
Por que será que eu me apaixonei e deixei o meu lado animal ser mais forte em mim? Por que a ilusão de uma eterna paixão se faria para sempre em minha vida? Poetinha, ela é realmente é eterna enquanto dura, mas ela vive mudando de endereço e torna-se eterna eternamente várias vezes.
Não sei onde anda o meu eu... Será que ainda existe? Ou foi também só um sonho?
O que sou afinal? O que resta de mim? Não tenho tempo para divagar em perguntas, a cada esquina existe uma cobrança, que me exige mais e mais, porque eu sou a responsável pelas dívidas que contrai pela vida a fora...

Tania

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