Peito que dói...
Quando comecei a escrever as angústias que povoavam meu coração, tive em mente que deveria escrever com palavras simples. Assim, quem se propusesse a ler não teria que ficar recorrendo a dicionário para saber o significado de palavras que não fossem do uso comum. Nunca pensei em ser erudita, por achar pedante, sem sentido e pouco aconchegante. Eu queria falar, não mostrar o meu domínio da língua Portuguesa.
Na minha época de estudante, era obrigatória a construção de dissertação, os temas eram sempre colocados em belos e grandes cartazes em calavetes bem na frente dos alunos. Todos os textos eram feitos em salas de aulas sob a supervisão de um mestre. Não era trabalho para casa, onde se pensa repensa-se, apaga e arruma, pede-se opiniões de amigos e familiares. Tudo era ali, na hora com tempo marcado, onde não se podia nem ruminar. Não existia computador, Lep Top, e o famoso Google, você tinha que ter imaginação e gostar ou aprender a gosta de escrever.
Hoje, com a minha participação nas rodas de leituras, que acontecem mensalmente na Biblioteca Pública, em conjunto com o Pró Ler, a febre de escrever se acentua cada vez mais e mais. Cada vez que eu acho que já escrevi tudo, aparece um bicho carpinteiro na minha mente e me força a escrever noite a dentro. Por que escrever? Não sei, talvez para esvaziar o peito. Que me interessa quem vai ler? Só nunca consegui me atrever a ser submetida a julgamentos. Tenho os meus medos.
Não escrevo para provocar mudanças em ninguém, nem poderia ser tão pretensiosa. As mudanças são frutos de processos que são vividos pelo sujeito, fruto da sua educação doméstica, suas vivências e companhias que têm. Tudo o que somos são consequências do que lemos, vivemos e incorporamos vida a fora. Não por temor a Deus, mas por respeito a si mesmo e em consequência ao ser humano que habita esse planeta.
Tive uma educação, rígida apesar de ser rebelde e sonhadora. Sempre me considerei muito além do meu tempo, mas as marcas deixadas em minha personalidade, fruto dos ensinamentos domésticos e vivenciados no Colégio de Lourdes e Jackson de Figueiredo permanecem em mim até hoje.
Aprendi a não mentir, não enganar, não roubar, respeitar os mais velhos e o ser humano, a desprezar o preconceito, a viver um dia de cada vez, sem tentar pisar nos outros tentando fazê-los de degraus, em busca de sucesso e vitórias. Sei honrar minha palavra e principalmente não ter a pretensão de querer ser espelho de certezas para ninguém.
Nesse mundo de incertezas, talvez seja por isso que o meu peito dói e tenho que escrever. Por vezes, encontramos os que dizem: “tento fazer a minha parte”. “Uma atitude construtiva exige tempo e paciência”. Não, acho que não é assim, precisamos é de vergonha e respeito, e isso se aprende na infância.
Quem aprende, quem conhece, quem vive, tem o peito que dói, por ver tantos vestirem-se na pele de cordeiro pela vida a fora.
O meu peito rebelde dói. E, então, eu escrevo e escrevo...
Tania
Quando comecei a escrever as angústias que povoavam meu coração, tive em mente que deveria escrever com palavras simples. Assim, quem se propusesse a ler não teria que ficar recorrendo a dicionário para saber o significado de palavras que não fossem do uso comum. Nunca pensei em ser erudita, por achar pedante, sem sentido e pouco aconchegante. Eu queria falar, não mostrar o meu domínio da língua Portuguesa.
Na minha época de estudante, era obrigatória a construção de dissertação, os temas eram sempre colocados em belos e grandes cartazes em calavetes bem na frente dos alunos. Todos os textos eram feitos em salas de aulas sob a supervisão de um mestre. Não era trabalho para casa, onde se pensa repensa-se, apaga e arruma, pede-se opiniões de amigos e familiares. Tudo era ali, na hora com tempo marcado, onde não se podia nem ruminar. Não existia computador, Lep Top, e o famoso Google, você tinha que ter imaginação e gostar ou aprender a gosta de escrever.
Hoje, com a minha participação nas rodas de leituras, que acontecem mensalmente na Biblioteca Pública, em conjunto com o Pró Ler, a febre de escrever se acentua cada vez mais e mais. Cada vez que eu acho que já escrevi tudo, aparece um bicho carpinteiro na minha mente e me força a escrever noite a dentro. Por que escrever? Não sei, talvez para esvaziar o peito. Que me interessa quem vai ler? Só nunca consegui me atrever a ser submetida a julgamentos. Tenho os meus medos.
Não escrevo para provocar mudanças em ninguém, nem poderia ser tão pretensiosa. As mudanças são frutos de processos que são vividos pelo sujeito, fruto da sua educação doméstica, suas vivências e companhias que têm. Tudo o que somos são consequências do que lemos, vivemos e incorporamos vida a fora. Não por temor a Deus, mas por respeito a si mesmo e em consequência ao ser humano que habita esse planeta.
Tive uma educação, rígida apesar de ser rebelde e sonhadora. Sempre me considerei muito além do meu tempo, mas as marcas deixadas em minha personalidade, fruto dos ensinamentos domésticos e vivenciados no Colégio de Lourdes e Jackson de Figueiredo permanecem em mim até hoje.
Aprendi a não mentir, não enganar, não roubar, respeitar os mais velhos e o ser humano, a desprezar o preconceito, a viver um dia de cada vez, sem tentar pisar nos outros tentando fazê-los de degraus, em busca de sucesso e vitórias. Sei honrar minha palavra e principalmente não ter a pretensão de querer ser espelho de certezas para ninguém.
Nesse mundo de incertezas, talvez seja por isso que o meu peito dói e tenho que escrever. Por vezes, encontramos os que dizem: “tento fazer a minha parte”. “Uma atitude construtiva exige tempo e paciência”. Não, acho que não é assim, precisamos é de vergonha e respeito, e isso se aprende na infância.
Quem aprende, quem conhece, quem vive, tem o peito que dói, por ver tantos vestirem-se na pele de cordeiro pela vida a fora.
O meu peito rebelde dói. E, então, eu escrevo e escrevo...
Tania
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